Archive for julho 2010

Pra quem são nossos Cultos?

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Por:Pr. Luiz Fernando R. de Souza

Ao observamos as eclesiologias e as liturgias em nossas igrejas, vemos uma total descaracterização. Aquilo que deveria ser direcionado para Deus e Sua glória exclusivamente foi totalmente travestido de um humanismo exacerbado. Deus que deveria ser o foco central do culto foi alijado do processo e virou nota de rodapé colocado na parte inferior das atividades. Deus virou pretexto para que o homem continue no centro. Deus é citado como apoio às práticas mundanas e capitalistas que permeiam a igreja. Há uma expressão que vem dos tempos da Reforma que diz: SOLI DEO GLÓRIA. Quer dizer: Glória somente a Deus. O insuperável Johann Sebastian Bach que revolucionou a música terminava todos os manuscritos de suas composições com as letras S.D.G. (Soli Deo Glória).

Isso nos mostra que tudo em nossas vidas deveria apontar para Deus. O culto é para Deus. Somente Deus merece receber a glória e isso implica que Ele deve ser o centro do culto. A Reforma resgatou essa máxima esquecida durante séculos. O culto não pode ser voltado para o homem. Não pode procurar satisfazer os desejos do homem e nem girar em torno dele. Mas vemos que o homem assumiu o lugar de Deus e passou a ser reverenciado. As pregações não apontam mais para o pecado que leva o homem a perdição e nem mais mostram a graça salvadora de Deus, mas sinalizam maneiras dos homens superarem suas crises.

Basta ver os títulos dos sermões pregados. Em uma rápida passagem de olhos pela internet encontrei alguns títulos interessantes, vejamos: “Vencendo as Batalhas; Tempo de Conquistas; Vivendo Triunfantemente, etc." Vejamos alguns títulos do Príncipe dos Pregadores Charles Haddon Spurgeon: “A Humilhante mas Gloriosa Dependência de Deus; O Terrível Porém da Justiça Própria, etc." Daí da para perceber a grande diferença.

As músicas não exaltam mais a Deus, mas sim se centram no homem e suas crises. Se observarmos as músicas evangélicas atuais veremos essa triste realidade. Músicas que mostram o que Deus fará pelo homem e não a expressão de uma alma agradecida a Deus. Existe até música de louvor dedicado a ser humano! Sei que existe este tipo de música religiosa entre os mórmons, mas para cristão... A quantidade de vezes que o pronome eu aparece nessas músicas é algo estarrecedor. Se compararmos com os grandes hinos da hinologia cristã veremos o contraste gritante.

O primeiro hino do Cantor Cristão diz: “A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor. Eterno Pai, supremo Benfeitor, Nós, os teus servos, vimos dar louvor, Aleluia! Aleluia! O que dizer das catarses praticadas em nossos cultos? Gritos de vitória, brados de louvor, tudo isso produz alívio e não libertação. Qualquer psicólogo recém formado pode confirmar isso. Para tristeza nossa essas práticas espúrias entraram para ficar. O que dizer dos moveres de Deus nos cultos onde o frenesi se instala e o ego grupal prevalece, as pessoas rodopiam, gritam, caem ao chão, riem sem parar, imitam animais com seus sons e mais um cem números de outras bizarrices?

Muitos adentram as igrejas para buscar suas bençãos e encontram sacerdotes corroídos que oportunamente lhes oferecem as bênçãos, buscando satisfazer os egos eternamente insatisfeitos em troca de alguma coisa material. Muitos esqueceram que as reuniões solenes dos santos são para louvor e glória de Deus. Essas reuniões deveriam ter Deus e Sua glória em primeiro lugar. Nossos cânticos deveriam exaltar o nome que é sobre todo nome. Nossas orações deveriam expressar nossa gratidão Àquele que nos amou e morreu por nós. Hoje cantamos músicas desprovidas de adoração. Muitas dessas coisas cantadas em nossas igrejas expressam um antropocentrismo aviltante. Muitos acham que louvor é somente cantar qualquer coisa. Louvor também é expressão de nossa admiração em relação a Deus. Por estarmos admirados com a grandeza de Deus e com Seu amor expressamos isso adorando, louvando Sua pessoa.

Mas o culto mudou. Temos culto do Eliser. Vejam só que nome de culto! Acredito que seja um culto específico para arranjar namorado/companheiro. Quando é que um culto se presta a isso? Paralelamente temos o culto da Terapia do Amor onde os descasados estão à cata de um companheiro/a. Nada mais mundano que isso!

O que dizer dos cultos para empresários bem sucedidos e outros falidos juntamente com os desempregados à procura de empregos? Dêem outro nome a isso, menos culto. Isso causa náuseas em qualquer bom cidadão.

Ao entrarmos em nossas igrejas deveríamos lembrar a máxima de João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”. Deveríamos lembrar o que o Senhor disse a Moisés: “Descalce os pés porque a terra é santa”.

Não gostaria de falar, mas me sinto constrangido a isso. E os famigerados cultos de libertação? O próprio nome do culto é uma contradição. Libertação para quem já foi liberto? Libertar o cristão se Cristo já realizou tudo no Calvário? O que tais pessoas entendem sobre as palavras de Cristo na cruz: Tudo está consumado?

Culto deveria ser expressão de nossa liberdade conquistada na cruz e nunca para buscarmos libertação. Culto deveria ser nossa celebração pela vitória alcançada na cruz e isso pela misteriosa, grandiosa e maravilhosa graça de Deus.

Precisamos de uma vez por todas fazer coro com os reformadores: SOLI DEO GLORIA.

Soli Deo Glória

A cruz e eu

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Por Arthur W. Pink

Antes de abordarmos o tema deste versículo, desejamos fazer algumas considerações sobre os seus termos. “Se alguém” — o termo utilizado refere-se a todos os que desejam unir-se ao grupo dos seguidores de Cristo e alistar-se sob a bandeira dEle. “Se alguém quer” — o grego é muito enfático, significando não somente a anuência da vontade, mas também o propósito completo do coração, uma resolução determinada. “Vir após mim” — como um servo sujeito a seu Senhor, um aluno, ao seu Mestre, um soldado, ao seu Capitão. “Negue” — o vocábulo grego significa negue-se completamente. Negue-se a si mesmo — a sua natureza pecaminosa e corrupta. “Tome” — não quer dizer leve ou suporte passivamente, e sim assuma voluntariamente, adote ativamente. “A sua cruz” — que é desprezada pelo mundo, odiada pela carne, mas, apesar disso, é a marca distintiva de um verdadeiro crente. “E siga-me” — viva como Cristo viveu, para a glória de Deus.

O contexto imediato é ainda mais solene e impressionante. O Senhor Jesus acabara de anunciar aos seus apóstolos, pela primeira vez, a aproximação de sua morte de humilhação (v. 21). Pedro, admirado, disse-Lhe: “Tem compaixão de ti, Senhor” (v. 22). Estas palavras expressaram a política da mentalidade carnal. O caminho do mundo é a satisfação e a preservação do “eu”. “Poupa-te a ti mesmo” é a síntese da filosofia do mundo. Mas a doutrina de Cristo não é “salva-te a ti mesmo”, e sim sacrifica-te a ti mesmo. Cristo discerniu no conselho de Pedro uma tentação da parte de Satanás (v. 23) e, imediatamente, a repeliu. Jesus disse a Pedro não somente que Ele tinha de ir a Jerusalém e morrer ali, mas também que todos os que desejassem tornar-se seguidores dEle tinham de tomar a sua cruz (v. 24). Existia um imperativo tanto em um caso como no outro. Como instrumento de mediação, a cruz de Cristo permanece única; todavia, como um elemento de experiência, ela tem de ser compartilhada por todos os que entram na vida.

O que é um “cristão”? Alguém que possui membresia em uma igreja na terra? Não. Alguém que afirma um credo ortodoxo? Não. Alguém que adota certo modo de conduta? Não. Então, o que é um cristão? É alguém que renunciou o “eu” e recebeu a Cristo Jesus como Senhor (Cl 2.6). O verdadeiro cristão é alguém que tomou sobre si o jugo de Cristo e aprende dEle, que é “manso e humilde de coração” (Mt 11.29). O verdadeiro cristão é alguém que foi chamado à comunhão do Filho de Deus, “Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Co 1.9): comunhão em sua obediência e sofrimento agora; em sua recompensa e glória no futuro eterno. Não existe tal coisa como o pertencer a Cristo e viver para satisfazer o “eu”. Não se engane nesse ponto. “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lc 14.27) — disse o Senhor Jesus. E declarou novamente: “Aquele que [em vez de negar-se a si mesmo] me negar diante dos homens [e não para os homens — é a conduta, o andar que está em foco nestas palavras], também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.33).

A vida cristã tem início com um ato de auto-renúncia, sendo continuada por automortificação (Rm 8.13). A primeira pergunta de Saulo de Tarso, quando Cristo o deteve, foi esta: “Que farei, Senhor?” (At 22.10.) A vida cristã é comparada a uma corrida, e o atleta é chamado a desembaraçar-se “de todo peso e do pecado que tenazmente... assedia” (Hb 12.1) — ou seja, o pecado que está no amor ao “eu”, o desejo e a resolução de seguir nosso próprio caminho (Is 53.6). O grande e único alvo, objetivo e tarefa colocados diante do cristão é seguir a Cristo: seguir o exemplo que Ele nos deixou (1 Pe 2.21); e Ele não agradou a Si mesmo (Rm 15.3). Existem dificuldades no caminho, obstáculos na jornada, dos quais o principal é o “eu”. Portanto, ele tem de ser “negado”. Este é o primeiro passo em direção a seguir a Cristo.

O que significa negar completamente a si mesmo? Primeiramente, significa o completo repúdio de sua própria bondade: cessar de confiar em quaisquer de nossas obras para recomendar-nos a Deus. Significa uma aceitação irrestrita do veredicto divino de que todos os nossos melhores feitos são “como trapo da imundícia” (Is 64.6). Foi neste ponto que Israel falhou, “porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (Rm 10.3). Esta afirmativa deve ser contrastada com a declaração de Paulo: “E ser achado nele, não tendo justiça própria” (Fp 3.9).

Negar completamente a si mesmo significa renunciar de todo a sua própria sabedoria. Ninguém pode entrar no reino de Deus, se não se tornar como uma “criança” (Mt 18.3). “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!” (Is 5.21.) “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22). Quando o Espírito Santo aplica o evangelho com poder em uma alma, Ele o faz “para destruir fortalezas, anulando... sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4,5). Um lema sábio que todo cristão deve adotar é: “Não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).

Negar completamente a si mesmo significa renunciar suas próprias forças: não ter qualquer confiança na carne (Fp 3.3). Significa prostrar o coração à afirmativa de Cristo: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Foi neste ponto que Pedro falhou (Mt 26.33). “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16.18). Quão necessário é que estejamos sempre atentos! “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Co 10.12). O segredo do vigor espiritual se encontra em reconhecermos nossa fraqueza pessoal (ver Is 40.29; 2 Co 12.9). Sejamos, pois, fortes “na graça que está em Cristo Jesus” (2 Tm 2.1).

Negar completamente a si mesmo significa renunciar de todo a sua própria vontade. A linguagem de uma pessoa não-salva é: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). A atitude de um verdadeiro cristão é: “Para mim, o viver é Cristo” (Fp 1.21) — honrar, agradar e servir a Ele. Renunciar a nossa própria vontade significa dar atenção à exortação de Filipenses 2.5: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”; e isto é definido nos versículos seguintes como auto-renúncia. Renunciar a nossa própria vontade é o reconhecimento prático de que não somos de nós mesmos e de que fomos “comprados por preço” (1 Co 6.20); é dizermos juntamente com Cristo:

“Não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Mc 14.36).

Negar completamente a si mesmo significa renunciar as suas próprias concupiscências ou desejos carnais. “O ego de um homem é um pacote de ídolos” (Thomas Manton), e esses ídolos têm de ser repudiados. Os não-crentes amam a si mesmos (2 Tm 3.2 – ARC). Todavia, alguém que foi regenerado pelo Espírito diz, assim como Jó: “Sou indigno... Por isso, me abomino” (40.4; 42.6). A respeito dos não-crentes, a Bíblia afirma: “Todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21). Mas, a respeito dos santos de Deus, está escrito: “Eles... mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12.11). A graça de Deus está nos educando “para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.12).

Este negar a si mesmo que Cristo exige dos seus seguidores é total. Não há qualquer restrição, quaisquer exceções — “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14). Este negar a si mesmo tem de ser contínuo e não ocasional — “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Tem de ser espontâneo, não forçado; realizado com alegria e não com relutância — “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Cl 3.23). Oh! quão perversamente tem sido abaixado o padrão que Deus colocou diante de nós! Como este padrão condena a negligência, a satisfação carnal e a vida mundana de muitos que se declaram (inutilmente) “cristãos”!

“Tome a sua cruz.” Isto se refere à cruz não como um objeto de fé, e sim como uma experiência na alma. Os benefícios legais do Calvário são recebidos por meio de crer, quando a culpa do pecado é cancelada, mas as virtudes experimentais da cruz de Cristo são desfrutadas apenas quando somos conformados, de modo prático, “com ele na sua morte” (Fp 3.10). É somente quando aplicamos a cruz, diariamente, ao nosso viver e regulamos nosso comportamento pelos princípios dela, que a cruz se torna eficaz sobre o poder do pecado que habita em nós. Não pode haver ressurreição onde não há morte; não pode haver um andar prático, “em novidade de vida”, enquanto não levamos “no corpo o morrer de Jesus” (2 Co 4.10). A cruz é a insígnia, a evidência do discipulado cristão. É a cruz de Cristo e não o credo dEle que faz a distinção entre um verdadeiro seguidor de Cristo e os religiosos mundanos.

Ora, em o Novo Testamento a “cruz” representa realidades definidas. Primeiramente, a cruz expressa o ódio do mundo. O Filho de Deus não veio para julgar, e sim para salvar; não veio para castigar, e sim para redimir. Ele veio ao mundo “cheio de graça e de verdade”. O Filho de Deus sempre estava à disposição dos outros: ministrando aos necessitados, alimentando os famintos, curando os enfermos, libertando os possessos de espíritos malignos, ressuscitando mortos. Ele era cheio de compaixão — manso como um cordeiro, totalmente sem pecado. O Filho de Deus trouxe consigo boas-novas de grande alegria. Ele buscou os perdidos, pregou aos pobres, mas não desprezou os ricos; e perdoou pecadores. De que modo Cristo foi recebido? Que boas-vindas os homens Lhe ofereceram? Os homens O desprezaram e rejeitaram (Is 53.3). Ele disse: “Odiaram-me sem motivo” (Jo 15.25). Os homens sentiram sede do sangue de Jesus. Nenhuma morte comum lhes satisfaria. Exigiram que Jesus fosse crucificado. Por conseguinte, a cruz foi a manifestação do ódio inveterado do mundo para com o Cristo de Deus.

O mundo não se alterou, assim como o etíope ainda não mudou a sua pele e o leopardo, as suas manchas. O mundo e Cristo ainda estão em antagonismo. Por isso, a Bíblia afirma: “Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4). É impossível andarmos com Cristo e gozarmos de comunhão com Ele, enquanto não tivermos nos separado do mundo. Andar com Cristo envolve necessariamente compartilhar de sua humilhação — “Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério” (Hb 13.13). Foi isso o que Moisés fez (ver Hb 11.24-26). Quanto mais intimamente eu estiver andando com Cristo, tanto mais incorretamente serei compreendido (1 Jo 3.2), tanto mais serei ridicularizado (Jó 12.4) e odiado pelo mundo (Jo 15.19). Não cometa erro neste ponto: é totalmente impossível ser amigo do mundo e andar com Cristo. Portanto, tomar a cruz significa que eu desprezo voluntariamente a amizade do mundo, recusando conformar-me com ele (Rm 12.2). Que me importa a carranca do mundo, se estou desfrutando do sorriso do Salvador?

Tomar a cruz significa uma vida de sujeição voluntária a Deus. No que concerne à atitude de homens ímpios, a morte de Cristo foi um assassinato. Mas, no que se refere à atitude do próprio Senhor Jesus, a sua morte foi um sacrifício espontâneo, uma oferta de Si mesmo a Deus. Foi também um ato de obediência a Deus. Ele mesmo disse: “Ninguém a tira de mim [a vida dEle]; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (Jo 10.18). E por que Ele a entregou espontaneamente? As próximas palavras do Senhor Jesus nos dizem: “Este mandato recebi de meu Pai”. A cruz foi a suprema demonstração da obediência de Cristo. Nisto, Ele é nosso exemplo. Citamos novamente Filipenses 2.5: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Nas palavras seguintes, vemos o Amado do Pai assumindo a forma de um servo e “tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”.

Ora, a obediência de Cristo tem de ser a obediência do cristão — voluntária, alegre, irrestrita, contínua. Se esta obediência envolve vergonha e sofrimento, menosprezo e perdas, não devemos vacilar; pelo contrário, temos de fazer o nosso “rosto como um seixo” (Is 50.7). A cruz é mais do que um objeto da fé do cristão, é a insígnia do discipulado, o princípio pelo qual a vida do crente deve ser regulada. A cruz significa entrega e dedicação a Deus — “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

A cruz representa sofrimento e sacrifício vicários. Cristo entregou sua própria vida em favor de outros; e os seguidores dEle são chamados a fazerem espontaneamente o mesmo — “Devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3.16). Esta é a lógica inevitável do Calvário. Somos chamados a seguir o exemplo de Cristo, à comunhão de seus sofrimentos, a sermos cooperadores em sua obra. Assim como Cristo “a si mesmo se esvaziou” (Fp 2.7), assim também devemos nos esvaziar. Cristo “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20.28); temos de agir da mesma maneira. Assim como Cristo “não se agradou a si mesmo” (Rm 15.3), assim também não devemos agradar a nós mesmos. Como o Senhor Jesus sempre pensou nos outros, assim devemos nos lembrar “dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos”, como se fôssemos nós mesmos os maltratados (Hb 13.3).

“Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á” (Mt 16.25). Palavras quase idênticas a estas se encontram também em Mateus 10. 39, Marcos 8.35, Lucas 9.24; 17.33, João 12.25. Esta repetição certamente é um argumento em favor da profunda importância de prestarmos atenção e atendermos às palavras de Cristo. Ele morreu para que vivêssemos (Jo 12.24); devemos agir de modo semelhante (Jo 12.25). Assim como Paulo, devemos ser capazes de afirmar: “Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo” (At 20.24). A “vida” de satisfação do “eu” neste mundo é perdida na eternidade. A vida que sacrifica os interesses do “eu” e se rende a Cristo, essa vida será achada novamente e preservada em toda eternidade.

Um jovem que concluíra a universidade e tinha perspectivas brilhantes respondeu à chamada de Cristo para uma vida de serviço para Ele na Índia, entre as classes mais pobres. Seus amigos exclamaram: “Que tragédia! Uma vida desperdiçada!” Sim, foi uma vida “perdida” para este mundo, mas “achada” no mundo por vir.

Lei da Ondulação

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Nossa vida espiritual é oscilante e por isso não devemos ficar desesperados quando não estamos nos nossos melhores momentos. Não somos super-heróis da espiritualidade, nem mesmo foram aqueles que são chamados hoje de "heróis da fé". Leia um pouco da biografia destes homens e você verá que a conversão nunca foi um ato de fé único e isolado, mas algo contínuo e dinâmico.

O problema para muitos cristãos hoje é a cobrança excessiva de seus líderes espirituais quanto a uma espiritualidade sempre triunfante. Não há dúvidas de que essa petulância gera culpa, desespero e ativismo. No livro de C.S. Lewis - Cartas de um diabo a seu aprendiz - um diabo mais experiente chamado Fitafuso instruiu seu sobrinho Vermebile em relação a vida de um cristão que não andava nos seus melhores dias. “Não o deixe sequer suspeitar da existência da lei da ondulação. Deixe-o pensar que seria natural que o entusiasmo inicial de sua conversão durasse e que deveria ter durado para sempre, e que o seu atual estado de aridez é um estado igualmente permanente”. Acho que é isso mesmo que o diabo faz; ele tenta nos convencer que o entusiamo inicial da conversão deve ser um sentimento perene e que deve durar para sempre. A tragédia é que ele anda usando muitos púlpitos para oferecer esses fardos pesados de carregar. Dizem por ai que o seu texto preferido de manipulação é justamente aquele que trata sobre o "primeiro amor".

Esse equívoco muito bem mapeado por Lewis tende a surgir em nossa jornada espiritual quando o fervor inicial da conversão parece ter se apagado. Em uma outra ocasião, Lewis escreve um carta para seu amigo Malcolm e fala sobre esse fervor inicial como uma espécie de Era Dourada que não foi projetada para durar para sempre.

"Muita gente religiosa se queixa de que o fervor inicial da conversão se apagou. Essas pessoas pensam - às vezes com razão, mas nem sempre, creio eu - que seus pecados sejam responsáveis por isso. É possível até que tentem, por meio de esforços deploráveis da vontade, ressuscitar o que lhe parece agora um era dourada. Mas será que esse fervor foi feito para durar? [...] a ironia, ou a tragédia de tudo isso, é que aqueles momentos dourados do passado, e que tanto nos atormentam a partir do instante em que os convertemos em norma, nos enriquecem, nos encantam e nos fazem muito bem desde que nos contentemos em aceitá-los pelo que são: lembranças.

O ponto não é que o fervor vai embora e nunca mais retorna, mas que o fervor não deve ser visto é um padrão normativo para toda vida. Deixemos a semente morrer para que nasça um fruto novo.

Teríamos essa coragem?

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Um motivo para morrer? Deus nos faça cristãos com essa ousadia.

A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40.

Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.

Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.

Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo.

A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.

Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo.Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.

Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo goleiro, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto.

Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe. Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas.

Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.
O arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo.
Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra.
Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou.
Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa. Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer.

Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores. Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.

Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida, e apesar de famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena.

A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2.
Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.

Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler.

Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.


Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso.

Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã. A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo.

Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit.Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:
- “Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado”, exigindo que eles fizessem a saudação nazista.

Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: – “Heil Hitler!”, gritaram – “Fizculthura!”, uma expressão soviética que proclamava a cultura física. Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.

Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:
- “Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo”. Ameaçou um outro oficial da SS.

Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.

Deram um verdadeiro baile nos nazistas. No final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo.

Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo. Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido.
Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0.

Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria. O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz.

Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943.

O resto da equipe foi torturada até a morte.

Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.

Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores.

Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. No estádio Zenit uma placa diz “Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista”. Esta é a história da dramática “Partida da Morte”.

O cineasta John Huston inspirou-se neste fato real para rodar seu filme “Fuga para a vitória” (Escape to Victory) de 1982 que chamou muita atenção à época do lançamento porque dele participaram grandes nomes do cinema como Michael Caine, Sylvester Stallone e Max Von Sydow, mas muito mais pela participação de algumas estrelas do futebol, como Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Kazimierz Deyna e Pelé.

No filme John Huston fez o que não pôde o destino: salvar os heróis.

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos

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Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.

Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I - “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.

II - “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu...”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão).

III - “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.

IV - “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo...
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar...
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem...

V - “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.

VI - “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornoar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.

VII - A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
...Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege...
... Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
... Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
... Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho...
...Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado...

VIII - DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
...mas eu paguei o preço.
...mas eu fiz por onde merece-la.
...mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha... Se você quiser, pague o preço como eu paguei.

IX - NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.

X - A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’

FONTE: Gosto de Ler através de Barbara Matias

Gripados

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e ae galera! faz tempo q não posto nada e resolvi por esse texto aqui muito interessante

A maioria dos crentes que eu conheço vive espiritualmente gripado.
Gripe é uma desgraça… Não mata mais [pelo menos as gripes normais], mas, não deixa você viver também.
Quase todos os estados de enfermidade, exceto aqueles terminais, incomodam muito menos do que o sintoma da gripe, que, hoje, não nos aflige apenas porque se sabe que “gripe é normal”, pois, incomoda…, mas já não mata.
Entretanto, retirando-se a certeza psicológica resultante da experiência de quase 100 anos com o fato de que as gripes em geral apenas incomodam, mas não matam, é que se vive a gripe apenas com os gemidos de seu desconforto, do nariz escorrendo, das juntas quebradas, do corpo doendo como se você tivesse brigado na rua, com os olhos escorrendo, com a cabeça oca, com um desânimo de morte, e, sobretudo, com um travamento até no fluxo do pensar, cansado de tudo, até de pensar…
Existe, todavia, um estado gripal/espiritual, que é a doença mais comum dos crentes.
Não mata, mas ferra a existência…
A maioria dos crentes que eu conheço vive espiritualmente gripado.

É dor, desconforto, cansaço, coriza, juntas quebradas, falta de ânimo, e uma total má vontade com tudo quanto seja trabalho…

Os sintomas da gripe no crente são os seguintes:
Falta de esperança;
Medo de morrer;
Angústia em relação a Deus;
Necessidade dos chás da vovó “igreja”;
Cinismo quanto ao fato que o normal da vida não é viver gripado;
Imunidade baixíssima, daí a gripe nunca ir embora…

E mais:
O lugar mais impregnado de gripe de crente é o ambiente da “igreja”.
Lá é uma câmera de gripe crentina.
O cara entra até bem…, mas logo começa a coriza e, logo depois, os espirros… Então vem a febre alta, e, com ela, os delírios…
O fato é que dentre as gripes, contando a aviária, a suína e outras, nenhuma delas mata mais gente do que a gripe crentina, pois, de fato, seu vírus é resistente a quase tudo, e, em muitos casos, está desenvolvendo resistência até mesmo ao Evangelho.
O estado perene da gripe, quando ela não cede mais, gera a evolução do quadro, de modo que o crente que sofre da gripe crentina acaba desenvolvendo a gripe cretina…
O que pode nos salvar deste estado é apenas vitamina C e cama…
Cristo e cama, só que de joelhos ao lado dela!
Pare a agitação… Descanse e beba de Cristo…
Ele é a cura para esse estado que não mata e não deixa viver!
Nele, que nunca gripou,

Fonte: Site Caio Fábio

Nona acusação: Um silêncio acerca da santificação.

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Há uma falta de ensino sério sobre santidade. Meu caro amigo, com ensino genérico sobre santidade todo mundo concorda. Vamos ser santos. Nós precisamos ser mais santos. Vamos ter uma conferência sobre santidade.
Mas quando você é específico sobre o que isso significa, é ai que tudo fica tumultuado.
“Busque paz com todos os homens,” o escritor de Hebreus nos diz, “e santificação sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Alguém acredita nisso?
Você diz, “Irmão Paul, eu tenho sido culpado tão freqüentemente por ensinar, você sabe, religião de obras.”
Escutem-me. Escutem. Novamente, isso remete à regeneração e a providência de Deus. Se Deus verdadeiramente converte um homem, ele vai continuar trabalhando nesse homem, através do ensino, benção, advertência e disciplina. Ele vai certificar-se de que o trabalho que ele começou será completo. E é por isso que o escritor diz, “Sem santificação, sem santidade ninguém verá o Senhor”.
Por quê? Porque se não existe crescimento em santidade, Deus não está trabalhando em sua vida. Se Ele não está trabalhando em sua vida é porque você não é um filho.
Veja as diferenças entre Jacó e Esaú. “Amei a Jacó... Odiei a Esaú”. Porém, Deus cumpriu suas promessas em ambos. Jacó foi abençoado. Esaú foi abençoado. Como Deus demonstrou seus julgamentos e ira contra Esaú e seu amor com Jacó? Eu vou lhe contar como. Ele deixou Jacó à vontade. Ele deixou Esaú à vontade, sem exercer disciplina, sem piedade, nada. Mas ele espancava Jacó até à morte quase todos os dias de sua vida.
A disciplina amorosa, a correção de Deus para nos trazer à santidade.
Agora, há tanto ensino sobre isso, mas deixe-me dizer isso: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo...” Romanos 12:1 e continua no segundo.
Seus corpos. Por que ele diz “corpo”? Eu acredito que para evitar toda essa super espiritualidade.
“Bem, eu dei a Jesus o meu coração e você não pode julgar um livro pela sua capa.”
Bem, a verdade é que, você pode julgar um livro pela sua capa. Jesus nunca disse que você não poderia julgar um livro pela capa. Ele disse que você poderia. “Você os conhecerá pelos seus frutos.”
E se você pensa que deu-lhe seu coração, então ele vai ter seu corpo. E vou lhe contar o motivo. O coração, meu amigo, não é um músculo de bombeamento de sangue ou o fruto da imaginação de um poeta. Ele refere-se à sua verdadeira essência ou centro do seu ser. Não me diga que Jesus tem a sua real essência e o centro do seu ser e isso não afeta seu corpo. Isso não vai acontecer.
E então o que nós fazemos? Nós vamos à Escritura, o que, legalisticamente? Não, extraindo inferências? Não. Apenas baseando-se nos mandamentos da Escritura.
Sobre o quê?
Eu não concordo com tudo que os Puritanos disseram, mas eu amo os Puritanos e uma das razões porquê eu os amo é que acredito que eles honestamente tentaram colocar tudo nas suas vidas abaixo do senhorio de Jesus Cristo.
Suas mentes, por eles terem escrito 800 páginas de livros sobre o que eu devo pensar, de acordo com as Escrituras. O que não deve entrar na minha mente de acordo com as Escrituras? O que eu devo fazer com meus olhos? O que deve entrar nesses ouvidos e o que não deve entrar nesses ouvidos? Como a língua deve ser dirigida? Qual deve ser a direção da minha vida?
E sim, eu vou te assustar até à morte. Como eu devo proceder?
Agora eu tenho que ser cuidadoso aqui. Eu não quero criar inferências e outras coisas. Meu querido amigo, minha esposa diz assim: “Se as suas roupas são uma moldura para o seu rosto, pelo qual a glória de Cristo é manifestada, então é de Deus. Mas se suas roupas são uma moldura para o seu corpo, é sensual e Deus odeia.” Disse o bastante?
Agora, eu posso falar tudo sobre santidade –e santidade não é apenas uma expressão exterior- mas nós nos tornamos um povo que usa a obra interior do Espírito Santo como uma desculpa para dizer que nada vai acontecer no lado de fora. E isso não é verdade.
Alguns jovens dentre vocês clamam provavelmente mais do que eu para que o Espírito de Deus preencha-os e trabalhe em vocês, mas é necessário apenas meia hora de televisão para entristecê-lo de tal forma que ele estará a quilômetros de vocês.
99% pura, 1% esgoto, Eu não bebo.
Uma vez eu estava tendo lutas e Leonard Ravenhill estava conversando com um querido amigo meu que estava dizendo, “Irmão Leonard, um rapaz , o irmão Paul, ele está realmente tendo lutas.” E ele mandou um folheto. Eu ainda tenho aquele folheto. Eu nunca, NUNCA, vou me desfazer daquilo. Ele dizia, “Outros podem, você não.”
Eu não necessariamente concordo com tudo.
Escute-me rapaz. Eu não vou a shoppings. Eu não vou, não porque sou mais santo do que você. É porque eu sei quem eu sou.
Existe a história de um dos mais refinados, melhores violinistas na Europa tocando em um último concerto, um homem velho. E quando ele finalizou um rapaz andou até o violinista e disse, “Senhor, eu daria minha vida para tocar como você.”
E o velho homem disse, “Filho, eu dei minha vida para tocar como eu.”
“Eu quero o poder de Deus em minha vida” Então algo tem que ser abandonado/perdido.
“Eu quero conhecê-lo.” Então uma separação deve acontecer.
Deixe-me dizer-lhe uma coisa jovem, todo mundo está andando por ai, todos seus pequenos retiros e todas suas conferências e encontros com abraços grupais e cantando Kumbayah e tudo mais. Talvez você tenha que ficar sozinho no deserto com Deus e jejuar por sete dias de joelhos estudando o livro de Salmos, apenas ficando a sós com Deus, pertencendo a Ele.
Para ser um homem de Deus deve existir um senso onde algumas vezes até sua esposa que é da sua própria carne, uma com ela, ela olha em seus olhos e sabe que não pode ir onde você está indo.
Existe silêncio acerca da santificação. Eu penso, “Não se una a descrentes; porque qual parceria há entre retidão e iniqüidade?” Nenhuma. “Ou qual companheirismo tem a luz com as trevas?” Nenhum. Trevas é o oposto da revelação de Deus.
Ou que harmonia Cristo tem com Belial? Nenhuma. Ou o que tem o crente em comum com o descrente? Nada.
Ele diz, “Saia do meio deles.” Saia do meio do que? Saia do meio da iniqüidade, trevas, tramas satânicas e da vida e mundanismo do descrente. Saia disso.

Oitava Acusação: Uma falta de amorosa e compassiva disciplina eclesiástica.

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A oitava acusação – e vamos nos apressar nisso – e eu sei que isso é mal entendido hoje, então vou defini-la: uma falta de amorosa e compassiva disciplina eclesiástica.
A maioria dos pastores evangélicos atualmente na América devem pegar Mateus 18 e arrancá-lo das suas Bíblias.
Você não pode fazer isso, senhor. Você tem que ficar com tudo.
Muitos pastores, sua teologia fica para trás quando eles saem do seu escritório, do seu local de estudo. Eles são teológicos nas conversas, são teológicos nos seus escritórios, mas quando saem, eles administram a igreja por métodos carnais.
Eu não sou um ancião na minha igreja então e não estou lá há muito tempo, então posso dizer isso sem me gabar. Ela pratica disciplina eclesiástica. É uma igreja bem grande, cerca de 1000 pessoas. E eles estimaram ter salvo 30 casamentos nos últimos anos através de amorosa e compassiva disciplina eclesiástica, que não começa com excomunhão. Começa com, “Vós que sois espirituais...” (Gálatas 6:1)
Nós dizemos, “Oh, eu sou tão amoroso. Nós não podemos praticar disciplina. Somos muito amorosos.”
Você é mais amoroso que Jesus? Ele é quem ordenou isso.
“Sim, mas vai causar tantos problemas.”
Sim, você está certo. Talvez seja por isso que não há muitos problemas entre a igreja e a cultura hoje: porque não estamos confrontando a cultura.
E não confrontamos a cultura simplesmente saindo e fazendo protestos em Hollywood. Nós confrontamos a cultura obedecendo a Deus. Noé construiu a arca e condenou o mundo. Você não precisa ter uma faixa de protesto, só ande em obediência e o mundo irá te odiar.
Meu querido amigo, “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;” (Mateus 18:15). Oh, que coisa maravilhosa! “Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.” (v. 16).
Não que esses caras estejam no teu lado. Eles vão ouvir e julgar. Talvez você seja o errado. Talvez teu irmão não esteja em pecado. Talvez você seja crítico demais e legalista. Quem sabe?
E ouçam: “E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.” (v. 17)
Meu querido amigo, eu creio que precisamos ouvir isso. Podemos começar obedecendo a Deus e nos disciplinando ou podemos deixar que Deus o faça por nós. E talvez, a hora vem e é chegada em que isso vai acontecer.
Não estou falando de homens, críticos, legalistas e odiosos. Já existem muitos. Estou falando de um homem, um grupo de anciãos, líderes que amam o bastante para arriscarem suas vidas porque sabem que isso não é um jogo. Isso não é algo que fazemos apenas para esta vida, a eternidade está em jogo, a salvação de almas. Olhe para todas estas livrarias cristãs. Olha para os livros antigos dos dias antigos, dos Wesleys e e Whitefields e, repetidamente, dos Puritanos e dos Reformadores. A maioria destes livros lidou com o que é o Evangelho, como você o prega, como você leva alguém a Cristo, como você discerne uma verdadeira conversão, você se torna um doutor de almas.
Nós nos unimos a Roma nessa questão. Roma: “O bebê é batizado, o bebê é Cristão. O bebê é de Roma. Nunca mais lide com conversão. Apenas crie todo tipo de métodos mundanos para mantê-los na Igreja.”
Evangélicos têm feito o mesmo. Ore uma pequena oração com eles depois de dois ou três minutos de aconselhamento, depois de meia hora de pregação, sendo que 25 minutos foram histórias bem divertidas, e então lance a rede depois de cinco minutos. Aconselhe-os um pouco e então os declare salvos e passe o resto dos dias discipulando-os e imaginando porque eles não crescem.
Quero lhe dizer: eu creio em discipulado pessoal um a um. Mas, meu querido amigo, a Igreja se deu bem por mil anos ou mais sem ele, sem aquilo que conhecemos como discipulado pessoal, com todos os livros e coisas diferentes.
Quero que você pense nisso: O discipulado pessoal de um a um se tornou gigante do final dos anos 70 até hoje. Qual era o clamor? “Estão saindo tantas pessoas pela porta dos fundos quanto entrando pela porta da frente e a razão disso é que não estamos discipulando as pessoas.”
Não. Isto está acontecendo porque as pessoas não estão sendo convertidas. Porque Suas ovelhas, elas ouvem Sua voz e o seguem, esteja você as discipulando ou não.
Agora, nós devemos discipular, mas não é por isso que elas estão indo embora. “Saíram de nós, mas não eram de nós” (1 João 2:19) E eles tiveram pouca chance de ser de nós porque nunca ouviram um evangelho verdadeiro e ninguém jamais lidou com suas almas.
Então, nós gastamos uma fortuna discipulando cabras esperando que se tornem ovelhas. Você não pode ensinar uma cabra a ser uma ovelha. Uma cabra se torna uma ovelha pela obra sobrenatural do Espírito do Deus Todo Poderoso.
Agora, disciplina eclesiástica: Eu mudei minha família para esta igreja porque ela pratica disciplina eclesiástica, porque eu preciso estar debaixo de disciplina eclesiástica, o cuidado observador de anciãos e outros membros que levam isso a sério. Eu quero que minhas crianças, se forem convertidas algum dia – elas são bem pequenas agora, mas se forem convertidas – ou fizerem uma profissão de fé e depois se desviarem, vou querer saber que minhas crianças serão trazidas diante da Igreja, se necessário, para salvação das suas almas.
Alguns de vocês ficariam tão indignados se um pastor lhes dissesse: “Honestamente, tenho estado orando pelas suas crianças e temo que não são convertidas.”
Você ficaria tão indignado que reuniria um grupo para expulsar aquele pastor, em vez de perceber “Oh, louvado seja Deus! Temos um homem de Deus aqui.”


Sétima Acusação: Uma Ignorância com relação à natureza da Igreja..

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Sétima Acusação: Ignorância com relação à natureza da Igreja. Deus tem apenas uma instituição religiosa. É a Igreja. E o nosso objetivo e resultado final do avivamento será o plantio de Igrejas bíblicas. Eu tenho um grande medo de que a Igreja local hoje seja desprezada. Diga a alguém que você é um pregador itinerante, que você tem um ministério mundial e todos se curvarão. Diga a alguém que você é um pastor de grupo de 30 e farão com que você se sente no fundo durante a conferência.
Ele não é o príncipe dos pregadores itinerantes, ele é o príncipe dos pastores.
Muitos anos atrás, Bill Clinton tinha um slogan durante a eleição. "É a economia, estúpido". Meu pastor, Jeff Noblett, um dos presbíteros em nossa Igreja, o principal pastor e pregador, me disse um dia: "Você sabe, eu gostaria de ter um monte de camisetas feitas".
"O que elas diriam, irmão Jeff?"
"É a Igreja, estúpido".
Jesus deu Sua vida pela Igreja, uma linda virgem, a igreja primitiva. Se você quer dar sua vida por algo no ministério, dê à Igreja, a uma Igreja, a um corpo de crentes, a uma congregação local. Isto é a Igreja.
Agora deixe me dizer algo sobre a Igreja. Quero que vocês ouçam bem. Não existe um remanescente de crentes na Igreja. Todos nós sabemos sobre a Teologia Remanescente, você sabe que através de todo o curso de Israel, havia Israel, o povo de Deus e um remanescente de verdadeiros crentes. Este não é o caso da Igreja. Não há um remanescente de crentes ou um pequeno grupo de crentes dentro de um grande grupo chamado Igreja. A igreja é o remanescente.
E eu quero dizer isso: Se pastores chegaram próximos de blasfemar, é com relação a isso. Eu ouço teólogos, professores itinerantes, pastores, uns e outros dizendo esse tipo de coisa: "Há tanto pecado dentro da Igreja quanto fora dela. Há tanto divórcio na Igreja quanto fora dela. Há tanta imoralidade e pornografia na Igreja quanto fora dela." E então pregadores dizem: "Sim, a Igreja está agindo como uma prostituta".
Eu quero que você saiba disso: Você deve ter muito cuidado ao chamar a noiva de Jesus Cristo de prostituta.
Eu vou lhe dizer qual é o problema. Pastores e pregadores não sabem o que é a Igreja. Eu quero que você saiba que a Igreja de Jesus Cristo na América hoje é linda. Ela é frágil, às vezes . Ela é fraca. Ela é esbofeteada. Ela não é perfeita, mas eu quero que você saiba que ela é quebrantada. Ela está andando humildemente com seu Deus. O seu problema é que você não sabe o que é a Igreja.
Hoje por causa da falta pregação bíblica a tão chamada Igreja está cheia de pessoas carnais e ímpias que se identificam com o Cristianismo. E então por causa dos bodes no meio das ovelhas, as ovelhas estão sendo acusadas de todas as coisas que os bodes estão fazendo e o nome de Deus está sendo blasfemado entre os Gentios por causa de nós (Romanos 2:24).
Vocês já leram... Vamos apenas... Eu sei que já estamos passando do horário, mas apenas vá rapidamente comigo, rapidamente. Eu quero te mostrar algo. Vá até Jeremias 31, obrigado. Verso 31 de Jeremias 31.
“Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.”
Agora eu não quero tirar nada do povo chamado Israel, mas este texto é também aplicado a Igreja. Entenda isto. Eu não quero entrar em batalhas na escatologia, mas na Bíblia, no Novo Testamento, o livro de Hebreus é aplicado ao povo de Deus.
“Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito.”
Eu ouço pregadores dizendo todo o tempo: "Bem, quando você olha para trás e vê Israel, você vê um monte de ímpios e idólatras. E no meio deles havia um pequeno remanescente de verdadeiros crentes." Isso é verdade, mas não aplique isso à Igreja do Novo Testamento por que Ele diz: “Eu irei fazer algo diferente, não como a aliança que Eu fiz com os pais deles no dia em que Eu os tirei com minha mão para trazê-los da terra do Egito, Minha aliança que eles quebraram, embora Eu tenha sido um marido para eles, declara o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois destes dias”, declara o Senhor, “Eu colocarei Minha Lei dentro deles.”
Ele não apenas lhe deu, se você é convertido, Ele não apenas lhe deu a Lei numa tábua de pedra. Ele tem sobrenaturalmente, através da doutrina da regeneração, escrito estas Leis no seu coração. E porque Ele fez isso, “Eu serei seu Deus, e eles serão Meu povo".
E veja o que diz: “Não ensinarás cada um a seu próximo, nem cada um seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Senhor’. Porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”. [Jr 31:34]
Novamente, a doutrina da regeneração, Deus está fazendo algo novo nestes últimos 2000 anos. Nós não temos muitas igrejas na América. Temos um monte de prédios de tijolos realmente bonitos com gramados finamente podados.
Só porque alguns dizem que são da igreja ou que são cristãos, isso não quer dizer que realmente sejam. Veja o que diz. Eles não terão que ensinar um ao outro.
I
sso não quer dizer que não haverá pastores e mestres, mas haverá um proeminente conhecimento de Deus entre eles, particularmente com relação aos seus pecados terem sido perdoados.
Veja rapidamente o capítulo 32 verso 38. “Eles serão Meu povo e eu serei seu Deus.” Ele não diz: “Eu espero que sim, talvez, se eu der sorte, ah, se eu conseguir evangelistas suficientes para trabalhar para mim, talvez isso tudo dê certo.”
Ele diz: “Eu vou trazer um povo a mim, um povo pelo qual entregarei meu Filho.” E ele diz: “Eles serão Meu povo e eu serei seu Deus”.
Veja isso: “Eu lhes darei um coração e só caminho.”
Agora, não fique bravo comigo, mais do que você já está pelo menos. Mas me ouça. Nos anos 70 e 80 e todas as marchas para Jesus, todos lamentando e chorando: “A igreja está tão dividida. A igreja não é uma.”
Meu querido amigo. Deixe-me lhe dizer algo. Se a igreja não é uma, então há uma oração que Deus o Pai não respondeu para seu Filho. E essa promessa da Nova Aliança falhou.
Então eu quero redirecionar você um pouco. Eu quero lhe submeter que a Igreja é uma. Ela sempre foi uma.
Você já se sentou num avião ou talvez encontrou alguém que você não conhecia num supermercado e você sendo Batista ou Menonita, ou qualquer coisa, mas verdadeiramente evangélico, verdadeiramente cristão, você fala com ele não mais que poucos minutos e você descobre: “Ele é um crente. E um que está vivo.”
E naquele momento você daria sua vida por ele. Você daria sua vida por ele.
Eu me lembro uma vez nós estávamos no Departamento Amazonas no Peru e foi no tempo do Sandero Luminoso e estava acontecendo uma guerra civil lá. Nós viajamos 22 horas num caminhão que carregava grãos sob uma lona preta e mais ou menos meia-noite nós tiramos a lona, o caminhão parou e nós pulamos na selva. Nós passamos a noite bem na margem da selva e fizemos caminho para certo lugar. Na metade do caminho nós nos perdemos na escuridão no dia seguinte, então nós estávamos orando, eu meu querido amigo Paco, estávamos orando: “Ó, Deus, nos dê alguma direção. Estamos perdidos. Se formos encontrados aqui os terroristas dominam este lugar. Nem os militares entrariam aqui.” Nós clamamos: “Ó, Deus, nos dê uma direção. Ajude-nos.”
Nós ouvimos um sino. E então ouvimos alguém falando. No começo achamos que era uma conversa estranha. Então percebemos que era um garotinho vindo do campo com seu burro e ele estava falando com seu burro. Então ficamos atrás dele e o seguimos. Então ficamos na extremidade da cidade, num pequeno vilarejo, cabanas, casas de tijolos e eu disse: “Paco, você sabe que se os terroristas forem os donos disso, nós estamos mortos.”
“Sim, mas nós chegamos a algum lugar”.
Então nós descemos, fomos até um homem que estava bêbado no escuro e dissemos: ”Há irmãos aqui?” Porque todo mundo sabe o que isso significa nas montanhas. Significa um cristão verdadeiro.
Então ele disse: “Aquela senhora bem ali.”
Então eu fui até lá. Era uma velha mulher Nazarena e eu bati na porta. Eu disse: “Sou um pastor evangélico. Por favor, me ajude.”
Aquela senhora saiu com uma lanterna. Ela me agarrou. Puxou-me para dentro. Ela agarrou Paco e nos levou para baixo. Sua casa ficava em um tipo de precipício no meio da lama, e nos levou para o porão onde havia algum feno e galinhas e outras coisas, e ela nos fez sentar lá e ela acendeu uma lâmpada e então um garotinho veio, ela o chamou e disse: “Vá chamar os outros irmãos”. Ele começaram a trazer galinhas, e yucca e tudo mais, arriscando suas vidas. Por quê? Porque somos um.
Pare de dizer todas estas tolices que você está dizendo, que o corpo de Cristo está dividido e que é uma bagunça e está cheio de pecado. Eu não falaria da noiva de Cristo dessa maneira se eu fosse você.
O que você tem é um monte de bodes e joio no meio das ovelhas. E porque muito pouca disciplina bíblica e compassiva é praticada na Igreja, eles vivem entre as ovelhas, eles se alimentam dessas ovelhas e as destroem, e aqueles dentre vocês que são líderes na Igreja vão pagar um alto preço quando você estiver diante Daquele que as ama, porque você não teve coragem suficiente para se levantar e confrontar o ímpio.
A propósito, me escute. O cenário médio na América do Norte no que diz respeito às igrejas em geral, as igrejas são democracias. E eu não quero entrar nos prós e contras disso. Mas eis o que acontece: Por a pregação do evangelho ser tão baixa, a igreja é, basicamente a maioria, carnal, cheia de pessoas perdidas. E por ser uma democracia, eles em geral, são os que governam a direção da igreja. E por o pastor não querer perder o grande número de pessoas e por ele ter idéias erradas quanto evangelismo e verdadeira conversão, ele atende aos ímpios em sua igreja e seu pequeno grupo de verdadeiras ovelhas que pertencem a Jesus Cristo está sentado no meio de todo o teatro, no meio de todo o mundanismo, no meio todo o entretenimento que está acontecendo, “Nós queremos apenas adorar Jesus e queremos apenas que alguém nos ensine a Bíblia”. E pastores vão pagar por isso.
Isto é verdade. Isto é verdade.
Você está dizendo: “Ah, você está apenas nervoso.”
Meus queridos amigos, você sabem o quanto me custa dizer isso? Isto é verdade. Tentando manter juntos um bando de ímpios enquanto um pequeno rebanho no meio deles está morrendo de fome e fazendo com que eles vão na direção que eles não querem ir com a maioria dos carnais.
Escute-me. Se a minha esposa estivesse no Walmart tarde da noite e você estivesse passando por lá, e você tivesse visto dois homens que estavam abusando dela, três, quatro, cinco, os homens estivessem abusando dela e machucando-a e você abaixasse a cabeça em nome da auto-preservação e você passasse de lado, eu quero te dizer algo, meu amigo. Eu não vou apenas atrás daqueles 10 homens, eu vou atrás de você também.
É a noiva de Cristo e ela é preciosa para Ele. Vai custar-lhe servir Jesus. Poderá custar-lhe sua igreja, sua reputação e sua denominação, absolutamente tudo. Mas a noiva de Jesus Cristo é digna disso.
Veja o que diz. Eu amo isso. Veja, 39: “E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho.” (Jeremias 32:39). E o que é esse caminho? É Cristo e é santidade.
Todo verdadeiro crente que eu já encontrei falou muito de Cristo e tinha um desejo de ser mais santos do que já eram, mais conformados a Cristo. E veja: “E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos, depois deles.” (Jr 32:39)
Ah, que grande texto é esse. Mas vamos apenas continuar rapidamente: “E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem.“ (Jr 32:40)
Agora, nós apenas lemos isso e muitas pessoas que são ímpias, que estão perdidas, apenas vão à igreja no domingo. Eles ouvem este verso e dizem: “Sim, Deus fez uma aliança eterna comigo. Ele nunca se apartará de mim, nunca, nunca. Eu estou seguro por causa da graça de Deus”. Mas eles falham em ler a segunda parte.
E veja o que diz: ”E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.” (Jr 32:40)
A evidência de que Deus fez uma aliança eterna com você, senhor, é que Ele colocou o temor de Deus em você para que você não se aparte Dele e se você se apartar Dele e Ele não te disciplinar e você continuar se apartando Dele, essa é a evidência que Ele não colocou Seu temor em você, você não foi regenerado e você não tem uma aliança com Deus de forma alguma.
Ah, isto é verdade.

A Sexta Acusação: Um Apelo Evangelístico Sem Fundamento Bíblico.

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A sexta acusação: um apelo evangelístico sem fundamento bíblico. Nós já tocamos neste ponto um pouco. Quero aprofundar. Olhe como temos feito ultimamente. Quero dizer... Escute-me agora... Tenho visto isto por todos os lados. Os Calvinistas, os Arminianos, muitos deles compartilham algo em comum. E é isto, o mesmo convite superficial. Falam muito sobre um monte de coisas e então eles chegam ao convite e é quase como se todos tivessem enlouquecido.

Caminham em direção a alguém dizendo "Deus te ama e tem um plano maravilhoso para tua vida".
Já pensou em dizer isso a um norte-americano?
"Senhor, Deus te ama, e tem um plano maravilhoso para tua vida."
"O que? Deus me ama? Bom, isso é maravilhoso porque eu também me amo! E Deus tem um plano maravilhoso? Eu também tenho um plano maravilhoso para minha vida! E se eu O aceitar em minha vida terei minha melhor vida agora? Isso é simplesmente maravilhoso.”
Isso não é evangelismo bíblico! Permita-me te dar algo no lugar disso. Deus vai a Moisés e diz isto.

“SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado” [Ex 34:6, 7]

A reação de Moisés:

“E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou;” [Ex 34:8]

O evangelismo começa com a natureza de Deus. Quem Deus é? Pode um homem reconhecer seu pecado se ele não tem um padrão com o qual se comparar? Se nós dissermos somente coisas triviais sobre Deus que divirtam a mente carnal dele será que essa pessoa poderá ser levado a um arrependimento e fé genuínos?
Nós não começamos com: “Deus te ama e tem um plano maravilhoso para tua vida.” Começamos com o conselho completo de quem é Deus e nós lhes dizemos desde o principio que isto poderá custar as suas vidas.
Depois disso temos algumas perguntas exploratórias: “Ei, você sabe que é um pecador, não?”
Há alguns anos minha mãe morreu de câncer, É como se o doutor entrasse e dissesse:
– Ei, Barb! Você sabe que tem câncer, não é?
Nós tratamos o pecado tão superficialmente. Sem agravos, nada solene.
“Senhor, há uma terrível podridão em você e um juízo está vindo”.
Porque se só dissermos a um homem:
– Senhor, você sabe que é um pecador?
Vão e perguntem ao diabo se ele sabe que é um pecador, ele dirá:
“Bom, sim, eu sou e um muito bom nisso. Ou um muito mal dependendo de como você vê. Mas, sim, sei que sou pecador.”
A pergunta não é: você sabe que é pecador? A pergunta é: o Espírito Santo está operando através da pregação do evangelho de tal maneira em seu coração que uma mudança está sendo produzida, de maneira que o pecado que uma vez você amava agora você odeia, e o pecado que uma vez você desejava abraçar agora foge dele como se estivesses fugindo de um dragão?
E depois a pergunta: “Você quer ir para o céu?”
Esta é a razão pela qual eu não permitiria que meus filhos fossem a 98% das escolas dominicais e aos acampamentos bíblicos de verão em igrejas evangélicas porque alguma pessoa bem intencionada se levantará e dirá:
“Jesus não é maravilhoso?”, depois de ter mostrado o filme Jesus.
"Sim."
Quantos de vocês, pequenas crianças, amam a Jesus?”
“Oh, Eu.”
“Quem quer aceitar a Jesus no seu coraçãozinho?”
“Oh, Eu.”
E depois eles são batizados. E eles caminham um pouco porque eles foram criadas em uma cultura cristã, ou algum tipo de cultura-igreja. E então quando eles completam 15, 16 anos, e quando eles têm a força da vontade eles começam a quebrar os laços. Eles começam a viver em perversidade e então nós vamos atrás deles dizendo: “Vocês são Cristãos. Vocês só não estão vivendo como tais. Pare de desviar", ao invés de ir a eles biblicamente e dizer isto: “Você fez uma profissão de fé em Cristo. O professou até no batismo, mas agora parece que você se afastou dEle. Examine-se. Prove-se. Há pouca evidencia de uma conversão verdadeira em você.”
E então quando eles têm 24, 25 anos, depois da universidade, talvez aos 30, eles voltam à igreja e eles rededicam suas vidas e eles se unem ao grupo com essa moralidade pseudocrístão que caracteriza os igrejeiros na America. E ao final eles escutam isto: “nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:23)
Você diz: “Irmão Paul, estás tão nervoso.”
Não tenho o direito de estar? Alguém deve estar clamando por avivamento, mas nós nem temos nossas fundações eretas.
Oh, que avivamento viesse e endireitasse nossas fundações. Mas não deveríamos enquanto temos os olhos e os ouvidos abertos e temos a Palavra na nossa frente corrigir estas coisas?
"Você gostaria de ir para o céu?"
Meus queridos amigos, todos querem ir para o céu. Eles só não querem que Deus esteja lá quando chegarem. A pergunta não é se você quer ir ao céu. A pergunta é: "Você quer a Deus?" Você tem deixado de ser um inimigo de Deus? Cristo tem se tornado precioso para você? Você O deseja?
É disso que se trata a teoria política, meus queridos amigos, todo desejam ir ao céu. Mas os homens são inimigos de Deus. Então, a pergunta não é se você quer ir a um lugar especial aonde não sofrerá e obterá tudo o que queira; a pergunta é: Você O quer? Cristo se tornou precioso para você?
Freqüentemente depois de uma pessoa orar, perguntam: “Você gostaria de ir para o Céu?”
“Bom, sim.”
“Então, você gostaria de orar e pedir que Jesus entre no seu coração?”
Agora, meu querido amigo, deixe-me dizer-lhe isto: Há pessoas que foram salvadas utilizando essa metodologia, mas não é graças a ela, mas sim apesar dela.
“Senhor, você deseja a Cristo? Você vê seu pecado?”
"Oh, sim, sim eu vejo meu pecado"
"Senhor, vejamos alguns versículos da Bíblia que falam sobre com o que o arrependimento se parece. O Espírito testemunhando que isso está acontecendo em sua vida. Você vê quebrantamento? Vê a desintegração de tudo pelo que tem lutado em sua vida e agora sua mente está cheia de novos pensamentos sobre Deus e novos desejos e nova esperança?"
“Sim, eu vejo.”
"Senhor, Isso pode ser os primeiros frutos de arrependimento. Agora, entregue sua vida a Cristo. Confie nEle. Confie nEle."
Agora, me escute. Você tem autoridade para falar do evangelho as pessoas. Você tem autoridade de lhes dizer como serem salvos. E você tem autoridade para apontar princípios bíblicos sobre a certeza da salvação, mas você não tem autoridade de lhes dizer que são salvos, esta é a obra do Espírito Santo de Deus.
Mas quando vocês os conduzem por aquela coisinha: “Você convidou Jesus para entrar em seu coração?”
"Sim"
"Você foi sincero?"
"Sim"
"Você acha que Ele te salvou?"
"Não sei"
"Claro que Ele salvo porque você foi sincero e ele prometeu que se O convidasse, Ele entraria. Logo, você está salvo."
E eles saem da igreja, depois de cinco minutos de aconselhamento e o evangelista vai comer em um restaurante, e a pessoa está perdida. Está perdida.
Um apelo evangelístico sem fundamento bíblico.
Se alguma vez duvidaram, se alguma eles vez duvidaram de sua salvação... Aqui vamos de novo... Se alguma vez eles duvidaram de sua salvação: “Houve algum momento em que você orou e pediu para Jesus entrar em seu coração?”
"Sim"
"Você foi sincero?"
"Acho que sim"
"O diabo está lhe incomodando"
E se eles vivem sem crescimento, mesmo no contexto de uma igreja sem crescimento em carnalidade continua, sem problema, nós colocamos a culpa na falta de discipulado pessoal e resolvemos com a doutrina do Cristão carnal.
A doutrina do Cristão carnal tem destruído mais vidas e enviado mais gente ao inferno...
Os Cristãos lutam contra o pecado? Sim. Pode um Cristão cair em pecado? Absolutamente. Pode um Cristão viver num estado continuo de carnalidade todos os dias de sua vida não carregando frutos e verdadeiramente ser Cristão? Absolutamente não ou senão cada promessa no Velho Testamento referente à Nova Aliança falhou e tudo que Deus disse sobre disciplina em Hebreus é uma mentira.
Uma arvore é conhecida por seus frutos.
Quando trabalhamos com homens sobre a conversão… Tenho visto pregadores que entendem muito sobre as coisas de Deus, mas quando eles descem, mesmo depois de uma apresentação exemplar do evangelho, eles entram, novamente, nesta metodologia.
Deixe-me lhe dar uma história, e depois iremos à próxima acusação, mas uma história que é um dos momentos mais preciosos na minha vida como Cristão.
Eu estava pregando no Canadá só… Na verdade eles me disseram que estava a 30 km do Alaska. Havia mais ursos pardos na cidade do que pessoas. Sério. Era uma igreja pequena de como 15, 20 pessoas e eu estava pregando. E bem quando fiquei em pé no púlpito, esta montanha de homem entrou, nos seus 60 ou 70 anos, mas uma montanha de homem. Ele podia ter batido em cada um de nós neste prédio.
Enquanto eu pregava, via sua face, deixei tudo de lado e comecei a pregar o evangelho. Era o ser humano mais triste que eu já vi. Somente o evangelho, o evangelho. E quando terminei, caminhei direto do púlpito a ele.
Eu disse: “Senhor, o que há de errado. O que perturba sua alma? Eu nunca vi um homem tão triste e abatido em toda minha vida”.
E ele tirou um envelope e tinha alguns raios-x os quais não pude entender, mas ele disse isso: “Acabo de vir do médico. Vou morrer em três semanas.” Foi isso que ele me disse. “Agora eu tenho morado toda minha vida em um rancho de gado. Só se chega lá por avião flutuante ou cavalgando pelas montanhas e todas essas coisas.” Ele disse: “Nunca estive em uma igreja. Nunca li a Bíblia. Acredito que há um Deus e uma vez escutei sobre um cara chamado Jesus." Ele disse: “Eu nunca tive medo de nada em minha vida e agora estou aterrorizado.”
Eu disse: “Senhor, você entendeu a mensagem, o evangelho?”
Ele disse: “Sim.”
Agora, o que fariam a grande maioria dos pregadores naquele momento?
“Então, você gostaria de convidar Jesus para entrar em seu coração?"
Isto é o que eles fariam.
Eu disse: “Senhor, você entendeu?”
Ele disse: “Eu entendi, mas é só isso? é que só…” Ele disse:
“Uma criança poderia ter entendido aquilo. Qualquer um. É só isso que eu entendi e eu oro ou...?”
Eu disse: “Senhor, você vai morrer em três semanas. Eu tinha que ir embora amanhã. Vou cancelar meu vôo e ficaremos aqui lendo a Palavra lutando e clamando a Deus até que você se converta ou morra e vá ao inferno”.
E, então, começamos. Comecei com o Velho Testamento, o Novo Testamento, cada versículo sobre as promessas de Deus com respeito à redenção e salvação, uma e outra vez, varias vezes, lendo João 3:16, orando por um tempo, clamando a Deus, questionando sobre o arrependimento do homem, sobre a fé, sobre a certeza da salvação, trabalhando até que Cristo tenha sido formado nele.
E então, finalmente, simplesmente exaustos aquela noite, não houve nenhum avance, não houve nada, eu disse: “Senhor, vamos a orar.” E oramos.
Eu disse: “Senhor, leia João 3:16 outra vez.”
Ele disse: “Lemos isso um milhão de vezes.”
Eu disse: “eu sei, mas é uma das maiores promessas de salvação. Leia o texto de novo.”
E eu nunca esquecerei. Tinha minha Bíblia no seu colo, naquelas suas mãos grandes e montanhosas.
Ele disse: “OK. Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu… Sou salvo! Sou salvo! Irmão Paul, todos meus pecados se foram. Tenho vida eterna… Sou salvo. Ou seja…”
Eu disse: “Como você sabe?”
Ele disse: "Você nunca leu este versículo antes?”
O que estava acontecendo? Uma obra do Espírito de Deus ao invés daqueles truquezinhos que você tenta.
Você quer ir a comer? Você pensa que pregar é um espetáculo e depois disto você volta pro hotel? Não, apos a pregação é que o trabalho começa! Lidando com almas. As pessoas vão à frente em reuniões para aconselhamento com pessoas que não deveriam estar aconselhando. Cinco minutos, eles estão dando o… Rápido, dê o cartão ao pastor e o pastor diz: “Gostaria de lhes apresentar o novo filho de Deus. Bem vindo à família de Deus.”
Como você se atreve?
Se você vai apresentá-lo, diga isto: “Este homem esta noite fez uma profissão de fé em Jesus Cristo. E por causa de nosso temor de Deus e nosso amor pelas almas dos homens nós agora iremos trabalhar para ter certeza que Cristo tem realmente sido formado nele, que ele verdadeiramente tem um entendimento bíblico sobre arrependimento e fé e grande certeza e gozo no Espírito Santo. Isto é o que nós vamos fazer”.
Olhe o que nós fizemos. Suplico-te. Olhe o que estamos fazendo. E isto não é algum tipo de Seita. Isto somos nós. Pare. Pare.

Quinta Acusação: Um Desconhecimento da Doutrina da Regeneração

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A quinta acusação: desconhecimento acerca da doutrina da regeneração, desconhecimento acerca da doutrina da regeneração

Meu prezado amigo — e quero falar aqui sem rodeios —, sei que há calvinistas aqui e sei que há arminianos aqui, e sei que há todo tipo de animal estranho entre um extremo e outro, mas quero que você saiba de uma coisa. Embora eu penda mais para... bem, acho que posso me considerar um “spurgeonista” de cinco pontos... quero que saiba disto. A questão central não é o calvinismo. Não... Vou ter muitos problemas quando esta mensagem estiver na Internet.
A questão central não é o calvinismo. Vou dizer para você qual é a questão central: regeneração. E é por isso que posso ter comunhão com Wesley, e com Ravenhill, e com Tozer, e com todos os demais, porque, independentemente de como eles se posicionavam nas demais questões, eles criam que a salvação não pode ser manipulada pelo pregador, e que é uma obra extraordinária do poder do Deus todo-poderoso. E junto com eles, portanto, eu me posiciono, na certeza de que foi uma obra de Deus.
Muito maior é a manifestação do poder de Deus na obra regeneradora do Espírito Santo do que na criação do mundo, do universo, porque ele criou o mundo “ex nihilo”, do nada. Mas ele cria o ho-mem a partir de uma massa corrompida.
E a regeneração encontra correspondência na própria ressurreição de nosso Salvador. Se você prega... entendo que, quanto à pregação, haja mestres, e pregadores, e expositores, e isso e aquilo, e todos são muito necessários para a saúde da igreja. Mas você precisa entender uma coisa. Quando o velho G. Campbell Morgan – há relatos disso – quando ele ia subir na torre majestosa para pregar, cita-va para si mesmo: “como ovelha para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador” (A-tos 8: 32). Ele sabia que, sem uma manifestação magnífica da obra regeneradora do Espírito Santo, na-da do que ele dissesse teria vida. É o Espírito que dá vida e, nesse sentido, todos nós que proclamamos sua Palavra devemos proclamá-la como profetas.
O que eu quero dizer com isso? Somos sempre, sempre um Ezequiel diante daquele vale de ossos secos. E como eles estão secos! E então saímos para ver tudo aquilo e o que é que fazemos? Profetiza-mos! Dizemos “Ouçam a Palavra do Senhor”. E sabemos que o sopro de Deus deve soprar nesses mortos, caso contrário não ressurgirão. Aí, quando você tiver plenamente captado isso no mais íntimo de seu ser, não vai mais se entregar à manipulação que tantas vezes é feita em nome do evangelismo neste país. Você proclamará a Palavra de Deus. Proclamará.
Doutrina da regeneração. Observe os irmãos Wesley. Observe por um instante o que tiveram de enfrentar, e meu querido Whitefield. E o que foi que enfrentaram? Todas naquela época se consideravam cristãos, completamente cristãos. Por quê? Bem, todos tinham sido batizados na infância, e assim ingressaram na aliança. Foram confirmados. Viveram como diabos. A regeneração foi assim trocada por um tipo de atitude meramente confessional, nominalista, que ganhou foros autoridade por parte das mãos de líderes religiosos da época.
E é aí que chegam os irmãos Wesley. “Não! Não está tudo certo com a alma de vocês! Vocês não nasceram de novo! Não há nenhuma prova de vida espiritual! Examinem-se. Provem a si mesmos para ver se estão na fé. Certifiquem-se de seu chamado e de sua eleição. Você precisa nascer de novo”.
Aqui nos Estados Unidos, por causa dos últimos anos e das últimas décadas de evangelismo, per-deu-se totalmente a percepção do que significa ser nascido de novo. Tudo o que significa é que uma vez, numa cruzada, você tomou uma decisão e acha que o fez com sinceridade. Mas não há nenhuma prova de uma obra sobrenatural de recriação do Espírito Santo em sua vida. Se alguém – não se alguns – “se alguém está em Cristo, nova criatura é”.
E agora, o mesmo acontece hoje. O que está diante de nós hoje? Eu vou te dizer o que enfren-tamos hoje. Não é, na maioria das vezes, necessariamente, a questão do batismo infantil. Não é uma confirmação por uma autoridade eclesiástica da Igreja Alta. O que está diante de nós é a “oração do pecador” para aceitar Jesus. E estou aqui para te dizer: se há uma coisa contra a qual eu decidi declarar guerra, é contra essa oração.
Você dirá: “Mas irmão Paulo…”.
Sim, da mesma forma, em minha opinião, que o batismo infantil foi o bezerro de ouro da Reforma, hoje, para os batistas, e para os evangélicos conservadores , e para todos os que os seguem, vou dizer a você que a “oração do pecador” enviou mais gente para o inferno do que qualquer outra coisa na face da terra.
Aí você pergunta: “Como você pode dizer uma coisa dessas?”.
Abra a Bíblia aqui para mim e me mostre, por favor. Eu adoraria que você pudesse se levantar e mostrasse onde alguém evangelizou dessa forma. As Escrituras não afirmam que Jesus Cristo veio até a nação de Israel e disse “O tempo se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo, agora quem gostaria de me convidar para entrar em seu coração? Estou vendo uma mão ali.”
Não é isso que a Bíblia diz. Jesus disse: “Arrependam-se e creiam no evangelho”.
Ora, os homens hoje estão confiando no fato de que, pelo menos, uma única vez na vida, fizeram a “oração do pecador”, e então lhe disseram que estavam salvos porque foram suficientemente since-ros. E assim, na experiência de salvação deles, se você perguntar “Você é salvo?”, eles não dizem “Sim, porque estou confiando em Jesus e porque há provas irrefutáveis que me dão segurança de ter sido nascido de novo.”
Não. Eles dizem: “Sim, uma vez em minha vida fiz uma oração”.
E vivem como diabos. Mas fizeram uma oração. E alguns deles… fiquei sabendo de um evangelis-ta que estava insistindo com um homem para que fizesse a tal oração. Por fim, o homem ficou tão sem graça que o evangelista disse “Bem, sabe de uma coisa?
Vou orar a Deus por você e, se é o que você deseja dizer a Deus, aperte minha mão”. Contemple o poder de Deus.
Decisionismo, a idolatria do decisionismo. Os homens acham que vão para o céu pelo fato deles terem julgado a sinceridade de suas próprias decisões.
Quando Paulo veio à igreja de Corinto, não lhes disse “Olhem, vocês não estão vivendo como cristãos, então vamos voltar àquele momento da vida de vocês em que fizeram aquela oração. Vamos ver se vocês foram sinceros”.
Não, ele disse: “Examinem-se para saber se estão na fé”.
Porque quero que saiba, meu amigo, que a salvação é somente pela fé. É obra de Deus. É graça sobre graça, sobre graça. Mas a prova da conversão não é apenas o seu exame de sua sinceridade no momento de sua conversão. É um fruto contínuo em sua vida. É o fruto contínuo em sua vida.
Ah, meu querido amigo, veja em que situação nos metemos. Uma árvore não é conhecida por seus frutos? O que lhe parece: 60%, 70% dos americanos pensam que são convertidos, nascidos de novo. Nós matamos quantos milhares de bebês por dia? Somos odiados em todo o mundo por nossa imo-ralidade. No entanto, somos cristãos.
E sem rodeios eu deposito isso, a culpa, aos pés do pregador.