Egoísmo

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"Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma?"Marcos 8:36-37

Depois de muito tempo sem escrever nada, tanto por falta de tempo quanto por preguiça mesmo, eu voltei e espero manter uma periodicidade maior. Mas vamos à postagem logo.

Eu tenho refletido muito esses dias sobre a minha vida no geral, nas coisas que eu penso e imagino sobre tudo (família, emprego, estudos, futuro, tempo, etc) e percebi que eu sou muito egoísta. É, isso mesmo, egoísta.

"Egoísmo (ego + ismo) é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona."

E eu percebi isso porque eu gosto muito de gastar dinheiro comprando as coisas que eu gosto e quero ter: Action Figures, livros, HQs, gadgets, equipamentos de guitarra, etc. E não é errado ter isso e nem gastar dinheiro comprando isso, já que o dinheiro é meu e eu gasto ele como achar melhor. Mas também percebi que esse egoísmo me fazia um pouco mais distante das pessoas. Distante no sentido de eu me sentir feliz e confortável com o que eu comprei. Feliz em poder usar o meu dinheiro comprando algo que eu gostaria de comprar. Não sentindo necessidade imediata em estar com outra pessoa compartilhando momentos com ela, por estar ocupado com as minhas coisas.

Sabe quando você é criança e o seu amiguinho pede um brinquedo emprestado? Então, eu ainda sou um pouco assim com as minhas coisas como um todo.

Há algumas semanas, na IBB, igreja onde a minha noiva congrega, teve a Madrugada do Carinho, onde as pessoas podiam compartilhar o amor de uma maneira mais "concreta", recebendo alimentos, cobertores e outras coisas importantes para a sobrevivência, o básico mesmo. Não pude ir por alguns motivos, mas esse tipo de ação me faz pensar sobre as minhas prioridades e sobre o que eu tenho feito com meus bens. Eu gosto muito de comprar coisas pra mim e de usufruir disso tudo, ao mesmo tempo em que eu tenho "pena" de dar dinheiro pra quem precisa. Isso é da minha natureza, e acredito que seja da natureza do homem como um todo. Pensar em si mesmo antes do outro. Talvez seja por isso que Jesus nos manda amar o próximo como a si mesmo (Mc 12:31).

Minha natureza é egoísta, e acho que essa é uma das características da nossa geração. Estamos muito fechados em nós mesmos, estamos substituindo essa noção de coletividade por uma de individualidade extrema, onde cada um se fecha dentro do seu mundo particular, esquecendo-se do mundo do outro. Vivemos tanto para nós mesmos que esquecemos do outro. "Farinha pouca meu pirão primeiro", diziam os mais velhos, e creio ser uma verdade para os nossos dias.

Essa natureza egoísta tem nos feito mesquinhos e arrogantes, pensamos ser autossuficientes, não precisamos do outro pra nada, posso encontrar tudo o que eu quiser sozinho, posso aprender sozinho e mais um monte de coisas que a tecnologia nos proporciona, dentre tantas outras coisas.

A cristandade antiga me ensina uma coisa muito diferente do nosso individualismo, que é - adivinhem - isso mesmo, o COLETIVISMO. Essa noção de que o eu não sobrepõe o coletivo é algo fantástico e que eu preciso exercitar todo dia. Eu preciso exercitar isso em mim, pra que a minha natureza carnal não se sobreponha à natureza do novo homem, da nova criatura. E isso não pode ser forçado por ninguém e nem ser por obrigação, mas sim por amor e exercício mesmo.

O versículo que eu postei ali encima sempre vem à minha mente quando eu sou egoísta, afinal de contas, de que adianta eu ter tudo isso e todas essas coisas se eu não vou levar nada daqui quando partir pra oura vida?

Não quero fazer isso e nem escrever pra que você (ou eu) se sinta mal por comprar suas coisas; eu cou continuar comprando minhas coisas e exercendo minha individualidade do ser, mas também vou exercitar essa minha noção de coletividade um pouco mais, afinal, Jesus e a cristandade antiga me ensinam isso todo dia.

A física quântica

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Estou muito longe de entender ou de estudar com afinco a física quântica ( não sou  o melhor com disciplinas exatas), mas fiz uma reflexão sobre isso lendo o "Antes de Watchmen" do Dr Manhattan e o "Entendendo Física Quântica" (ou quase). Segue abaixo:

"Na física quântica, quem observa afeta o que é observado, de modo que uma partícula é uma partícula apenas quando você está olhando pra ela. Se afastar o olhar, ela se torna uma onda. Olhe de novo e ela vira partícula. Então o Gato (de Schrödinger) existe em ambos os estados até que o observador quântico abra a caixa e VEJA o seu interior.

Então, as duas possibilidades se conjugam numa única realidade; um gato vivo e um gato morto.

Assim sendo, seja lá o que você ACHA que sabe, na verdade não tem certeza do que tem na caixa até que abra e olhe dentro." - Antes de Watchmen/Dr Manhattan; explicação sobre a física quântica através do Gato de Schrödinger.

Na física quântica a realidade depende do observador, tudo que existe aconteceu porque o observador quântico fez com que acontecesse. A realidade só é essa em que vivemos porque foi observada. Resumindo bastante, tudo acontece porque Alguém está observando e fazendo com que aconteça desse jeito em que vivemos, e isso tá escrito lá naquele livro que muita gente rejeita hoje em dia, falando que é "ultrapassado e retrógrado". A física quântica se resume em:

"..e VIU Deus que era bom."


Essa pequena reflexão me faz pensar sobre a tão difundida dicotomia religião/ciência, onde uma é oposta à outra. Esse pensamento vem (erroneamente) sido difundido desde a época do Iluminismo, no Séc XVIII, onde os pensadores estipularam essa dicotomia entre a ciência e a religião, onde é atrasada e retrógrada, e aquela, por outro lado, está evoluída, pois usa a razão (e somente ela) como forma de conhecer a realidade.

Na minha postagem anterior (Leia aqui), eu comentei sobre o que essa influência racional e o total esquecimento de Deus fez com o mundo. Hoje em dia vemos que a ciência e a religião estão voltando a se encontrar em assuntos comuns, mas isso é assunto para outro post.

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Até mais!

Meu povo perece por falta de conhecimento

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"Porque meu povo se perde por falta de conhecimento;" Oséias 4:6a

Refleti esses dias sobre esse versículo e sobre a história de Oséias. O contexto em que esse versículo é dito não se encaixa na realidade vivida por Israel no reino do norte: As pessoas prosperavam e tudo corria bem para elas. Apesar disso tudo, havia um profeta lá, Oséias, que falava constantemente sobre o juízo de Deus sobre aquela terra, por causa da desobediência do povo em adorar outros deuses.

O "conhecimento" citado pelo versículo não é de ignorância, de não saber nada, mas sim de esquecer-se de quem Deus foi pra eles, substituindo-O por deuses de povos ao redor. Nesse meio, Oséias casou-se com a prostituta Gomer à pedido de Deus, e Deus pediu para que ele a amasse, mesmo sabendo que ela o trairia muitas vezes. Esse casamento significava a relação de Deus com Israel, que mesmo O traindo, Deus ainda amava.

Pensando nessa história eu me vejo no mundo atual: nunca se soube mais que em nossos dias, a tecnologia avança rapidamente e o homem está cada dia mais se superando. Nunca se teve tanto acesso à informação, nunca se soube tanto sobre tudo quanto agora.

Assim, como "meu povo se perde por falta de conhecimento"?

Apesar de todo o "progresso" do séc XX e XXI, nunca se foi tão infeliz quanto hoje em dia, a depressão é a "doença do século" e a insatisfação aumenta a cada dia. Avançamos tanto, e justamente no século em que nos esquecemos de Deus, foi o mais "longo" da história. Tantas guerras, doenças, revoltas e outras coisas que aumentaram justamente no século do "progresso".

"Nunca se teve tanto quanto na nossa geração, e nunca se foi tão infeliz", é uma frase que me vem à mente quando penso na geração atual.

Mesmo com todo o "progresso" humano, construímos deuses falsos: Nós mesmos. Nos achamos superiores e autossuficientes, não precisamos de Deus para nada, somos prósperos e de bem com a vida, como na história de Oséias. "Não tem nenhum julgamento vindo, isso é bobagem!", dizemos. Somos felizes sem deuses, saímos do obscurantismo que a religião nos trazia, agora vemos tudo claramente! Podemos pensar sobre o que o homem é e sobre o sentido de estarmos aqui nesse Universo. temos todo o conhecimento ao nosso alcance. Os "profetas" de nossos dias estão avisando sobre o juízo. Alguma semelhança?

"meu povo se perde por falta de conhecimento" é uma frase que ainda vale para os nossos dias, penso eu.

"Como Ele pode amar alguém que O trai sempre?" nos perguntamos, "Como Ele aguenta ser tratado assim", indagamos. Ele nos ama porque o amor Dele não depende de nós. Da mesma forma que Oséias amou Gomer apesar de tudo que ela fez com ele, Deus nos amou e nos ama, mostrando isso mandando Jesus Cristo para nos salvar.

Enquanto o homem do futuro "avança", perecemos por falta do conhecimento verdadeiro, aquele que nos trás Vida, e Vida de verdade. Precisamos nos despir desses deuses atuais e nos lembrar do verdadeiro Deus, nos esforçando para conhece-Lo.

"Quem é sábio atenda a estas coisas! Que o homem inteligente reflita nelas, porque os caminhos do Senhor são retos. Os justos andam por eles, mas os pecadores neles tropeçam. "
Oséias 14:9

o Novo Testamento foi adulterado?

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Em uma de suas palestras, Voddie Baucham fala a respeito da confiabilidade dos evangelhos e sobre a acusação de algumas pessoas a repeito da suposta adulteração da Bíblia, veja como ele responde a isso:

''Bem, eu conversei com estudantes de faculdade e eles falam muito do mito desses monges fanáticos que decidiram mudar a Bíblia para que as coisas combinassem, para que parecesse que temos documentos mais antigos do que realmente temos. E na verdade, eu acho que eles estão dizendo algo quando nos falam: ''Sabe, nós não temos nenhum dos originais''. Bem, eu deveria estremecer quando me dizem isto.
Me ouçam bem: Se monges fanáticos quisessem mudar a Bíblia, posso explicar para você o que precisariam fazer?

Três níveis de conspiração. Nível número um: eles precisariam ter uma conspiração dos manuscritos. Quando estamos falando apenas do Novo Testamento, existem 6 mil manuscritos e porções de manuscritos para o Novo Testamento. Isso pode não parecer muito mas, posso comparar com algumas coisas?
Guerras Gálicas, de Júlio César, é tudo o que sabemos sobre Júlio César e suas conquistas. Nós temos cerca de dez manuscritos. Da poética de Aristóteles, nós temos meramente cinco manuscritos. Quando se trata dos escritos de Heródoto, temos menos de dez manuscritos. Quando se trata dos escritos de Homero, menos de dez dos seus escritos. Quando se trata do Novo Testamento, nós temos 6 mil manuscritos ou porções de manuscritos para o Novo Testamento! Amigos, nem chega perto.
''Bem, vocês não tem os originais.'' Realmente não temos. Mas, quer saber? Nós podemos chegar a até 120 d.C. com algumas das cópias que temos.
Quando se trata do Guerras Gálicas, de Júlio César, o mais recente que temos foi escrito 900 anos depois do original! Mas ninguém está derrubando as paredes na faculdade porque estão lendo César. Quando se trata de Aristóteles, o mais recente que podemos colocar as mãos foi escrito 1.400 anos depois do original. Mas quando chegamos ao Novo Testamento, podemos pôr as mãos em documentos escritos décadas depois dos originais. Então, se esses monges fanáticos quiseram falsificar a Bíblia, eles teriam que encontrar mais de 6 mil manuscritos, mudar todos eles, não mostrar sua caligrafia, devolver todos ao lugar de onde roubaram e nunca contar a ninguém o que fizeram. Esse é apenas o nível 1.

Aqui está o nível número 2. Jesus disse ide e fazei discípulos de ''TA ETHNE'', cada grupo étnico. O engraçado sobre grupos étnicos é que eles tendem a falar diferentes línguas. Então, nos primeiros séculos a Bíblia foi traduzida para o siríaco, copta e latim. Então esses monges fanáticos teriam que encontrar 6 mil manuscritos em grego, mudá-los, falsificá-los, não mostrar sua caligrafia, devolvê-los, ir encontrar todas as traduções siríacas, coptas e latinas desses manuscritos gregos, mudar todas elas para combinar com as mentiras que eles contaram em outra língua, devolver tudo para o lugar de onde roubaram. Esse é só o nível número 2.

Agora você tem o nível número 3. Os pais da Igreja tinham esse terrível hábito de escrever comentários sobre o Novo Testamento. Tanto que Bruce Metzger argumenta que se tudo o que tivéssemos fosse as citações feitas pelos pais da Igreja Primitiva, nós poderíamos reproduzir mais de 95% do Novo Testamento só a partir de seus escritos. Então agora esses monges fanáticos precisam encontrar mais de 6 mil manuscritos e porções de manuscritos em grego, roubá-los, mudá-los, não mostrar sua caligrafia, devolvê-los sem que ninguém descubra; precisam encontrar as traduções em siríaco, copta e latim, mudá-las para combinar com as mentiras que contaram nos 6 mil manuscritos, devolvê-las ao lugar de onde roubaram, e então achar todos os escritos de todos os pais da Igreja Primitiva, mudá-los para combinar com as mentiras que contaram há dois níveis atrás, devolvê-los, nunca contar a ninguém o que fizeram, e nunca serem pegos!
Você precisa de ajuda se acredita nisso!''

Adão e Eva, literais ou não?

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PROBLEMA: Muitos eruditos modernos consideram os primeiros capítulos de Gênesis como um mito, e não os tomam como históricos. Mas a Bíblia parece apresentar Adão e Eva como pessoas reais, que tiveram filhos, dos quais todo o restante da humanidade proveio (cf. Gn 5:lss).

SOLUÇÃO:
Há uma boa evidência para crermos que Adão e Eva tenham sido pessoas reais.

Primeiro, Gênesis 1-2 apresenta-os como pessoas reais, e até mesmo narra os importantes acontecimentos de suas vidas (o que é histórico).

Segundo, eles tiveram filhos que foram pessoas reais, que também tiveram filhos reais (Gn 4:1,25; 5:1SS),

Terceiro, a mesma frase ("são estas as gerações de") usada para registrar dados históricos posteriores em Gênesis (6:9; 9:12; 10:1, 32; 11:10, 27; 17:7, 9) é empregada com respeito a Adão e Eva (Gn 5:1).

Quarto, cronologias posteriores do AT colocam Adão no topo da lista (1 Cr 1:1).

Quinto, o NT põe Adão no início da lista dos antecedentes de Jesus (Lc 3:38).

Sexto, Jesus referiu-se a Adão e Eva como os primeiros "macho e fêmea", fazendo da união física deles a base do casamento (Mt 19:4).

Sétimo, Romanos declara que a morte literalmente reinou no mundo trazida por um "Adão" literal (Rm 5:14).

Oitavo, a comparação entre Adão (o "primeiro Adão") e Cristo (o "último Adão") em 1 Coríntios 15:45 manifesta que Adão é tomado literalmente como uma pessoa histórica.

Nono, a declaração de Paulo de que "primeiro foi formado Adão, depois Eva" (1 Tm 2:13) revela que ele fala de uma pessoa real.

Décimo, é lógico que teve de haver um primeiro casal real de seres humanos, macho e fêmea, pois, caso contrário, a raça humana não teria como começar a existir. A Bíblia chama a esse casal, que de fato existiu, de "Adão e Eva", e não há por que duvidar de sua real existência.

Fonte: Manual popular de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia

Refutando o "Teorema do Macaco"

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olá pessoal..depois de mto tempo to voltando por aqui...espero que gostem do post..

abraço e fiquem com Deus



Essa idéia, apresentada de formas variadas, defende a possibilidade de a vida ter surgido por acaso, usando a analogia de uma multidão de macacos batendo nas teclas de um computador e, em dado momento, aca barem por escrever um soneto digno de Shakespeare.

Gerry Schroeder, ao refutar minuciosamente esse teorema, refere-se a um experi mento conduzido pelo Conselho de Artes Nacional Bri tânico. Um computador foi colocado numa jaula que abri gava seis macacos. Depois de um mês martelando o teclado — e também usando-o como banheiro! —, os ma cacos produziram cinqüenta páginas digitadas, nas quais não havia uma única palavra formada. Schroeder comen tou que foi isso o que aconteceu, embora em inglês haja duas palavras de uma só letra, o "a" (um, uma) e o "I" (eu). O caso é que essas letras só são palavras quando isoladas de um lado e de outro por espaços. Se levarmos em conta um teclado de trinta caracteres usados na lín gua inglesa — vinte e seis letras e outros símbolos —, a probabilidade de se conseguir uma palavra de uma letra, martelando as teclas a esmo, é de 30 vezes 30 vezes 30, ou seja, vinte e sete mil. Então, há uma chance em vinte e sete mil de se conseguir uma palavra de uma letra.
Schroeder, então, aplicou as probabilidades à analo gia do soneto. Começou perguntando qual seria a chance de se conseguir escrever um soneto digno de Shakespeare antes de continuar:

Todos os sonetos são do mesmo comprimento. São, por definição, compostos de catorze versos. Escolhi aquele do qual decorei o primeiro verso, que diz:
"Devo comparar-te a um dia de verão?". Contei o nú mero de letras. Há 488 letras nesse soneto. Qual é a probabilidade de, digitando a esmo, conseguirmos todas essas letras na exata seqüência em todos os ver sos? Conseguiremos o número 26 multiplicado por ele mesmo, 488 vezes, ou seja, 26 elevado à 488ª potência. Ou, em outras palavras, com base no 10, 10 elevado à 690ª potência.
Agora, o número de partículas no universo — não grãos de areia, estou falando de prótons, elétrons e nêutrons — é de 10 à 80ª. Dez elevado à octagésima potência é 1 com 80 zeros à direita. Dez elevado à 690ª é 1 com 690 zeros à direita. Não há partículas suficien tes no universo com que anotarmos as tentativas. Se ríamos derrotados por um fator de 10 à 600ª. Se tomássemos o universo inteiro e o convertêssemos em chips de computador — esqueçam os macacos —, cada chip pesando um milionésimo de grama e sendo capaz de processar 488 tentativas a, digamos, um mi lhão de vezes por segundo, produzindo letras ao aca so, o número de tentativas que conseguiríamos seria de 10 à 90ª. Mais uma vez, seríamos derrotados por um fator de 10 à 600ª. Nunca criaríamos um soneto por acaso. O universo teria de ser maior, na propor ção de 10 elevado à 600ª potência. No entanto, o mun do acredita que um bando de macacos pode fazer isso todas as vezes.

Trechos do livro Um ateu garante: Deus Existe, de Antony Flew


Como podemos ver, se já é muito improvável que tal teorema funcione com um simples soneto, é praticamente impossível que funcione com a origem da vida, que é algo realmente muito mais complexo.

Prosperidade...

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Era uma vez um homem muito rico chamado Elias. Constantemente ele era citado em revistas de negócios pelo sucesso de suas empresas. Era um modelo para jovens empreendedores e estudantes de administração em todos os sentidos. Elias era admirado inclusive pelos seus quase 4000 funcionários que o consideravam mais como um amigo do que como um patrão.

Mas a característica mais marcante em Elias era o amor que ele tinha para com os garotos de rua. Ao longo dos últimos anos, Elias já havia gastado milhões com casas de recuperação para drogados, orfanatos e escolas com cursos profissionalizantes.

Elias era totalmente inconformado com o sistema social que valoriza mais os animais do que as crianças. Não era raro ver Elias voltando para casa com uma nova criança de rua para cuidar.

Ele sempre fazia isso. Convidava as crianças e adolescentes de ruas a viver uma vida melhor do que nas ruas. E dava tudo de graça: moradia, conforto, amor paterno, alimento e também investia no ensino das crianças.

As crianças que davam valor ao presente de Elias e que quisessem prosseguir com os ensinos, ganhavam de Elias o ingresso para a universidade.

A história que apresento a seguir aconteceu quando Elias trouxe das ruas o jovem Pedro. Havia 56 crianças na mansão de Elias quando Pedro foi resgatado. Pedro tinha 12 anos. Aos 7 viu seus pais serem assassinados por deverem a traficantes poderosos. Pedro era usuário de maconha e cocaína e aceitou, com gratidão, o convite de Elias:

– Pedro, venha comigo. Serei seu pai e melhor amigo. Te darei roupas limpas, comida boa e um telhado para dormir. Você vai estudar, aprender uma profissão e vencerá na vida.

Pedro ficou constrangido pelo amor do velho Elias. Jamais alguém havia oferecido algo gratuito a Pedro (exceto as primeiras doses de droga).

As crianças resgatadas por Elias não deixavam de ser crianças. Eram bagunceiras e constantemente aprontavam bagunças na mansão do velho Elias, que não se alterava em relação a isto.

– Deixe eles brincarem. São apenas crianças – Dizia Elias.

Elias porém era bastante rigoroso em alguns pontos. Não aceitava as “panelinhas” entre os meninos e dizia que todos eram iguais, sem exceções. Ele ensinava para as crianças que os maiores tesouros que as pessoas podem alcançar são gratuitos: sinceridade, humildade e amor ao próximo.

– Eu sou dono de muitas empresas, sou respeitadíssimo em todo mundo, mas, se eu não tivesse amor, não teria nada. Sigam meu exemplo crianças.

Todas aquelas palavras encantavam Pedro. Ele já estava fazendo planos para o futuro. Pedro queria ser rico, muito rico, para retribuir o favor do velho Elias e ajudar os jovens nas ruas.

O começo desastroso dessa história começa em uma fria manhã de domingo. Pedro foi ao encontro de Elias em seu escritório e lhe disse:

– Pai, eu economizei uma parte do dinheiro que você me deu este mês. Não consegui lanchar na escola sabendo que meus antigos amigos estão nas ruas se destruindo por causa das drogas. Sei que não é muito, mas gostaria de lhe devolver esse dinheiro para que você ajude outras pessoas.

Aquilo encheu o coração de Elias de alegria. O dono de milhões se sentiu abalado por uma quantia de 15 reais.

– Pedro. Que gesto maravilhoso! Amo todos vocês sem distinção, mas esse foi o ato mais maravilhoso que já presenciei entre todas as crianças que resgatei.

Elias pensou em devolver o dinheiro a Pedro, mas pensou, “Isto desvalorizará o esforço que ele teve para juntar esse dinheiro”.

– Pedro – disse Elias – venha comigo.

Elias foi à estante de livros, abriu uma das prateleiras e retirou de lá um bracelete, o deu a Pedro e disse:

– Sua atitude é digna de louvor, estou orgulhoso de você. Venha, quero contar a todos seu ato. Eles devem ter no coração o mesmo sentimento que você tem.

Elias então chamou todas as 56 crianças, empregados e os vigias da casa para ouvirem o que ele tinha de falar.

– Crianças, alguns de vocês estão aqui há quatro anos. Sempre me orgulhei do crescimento de vocês. Porém, Pedro, que está aqui apenas três meses, foi o que me deu a maior alegria – e contou toda a história.

As crianças voltaram para seus quartos com sentimentos diferentes. Alguns sentiam inveja de Pedro, outros, orgulho. Muitos reconheceram que haviam se acomodado com o conforto, mas outros não gostaram da idéia de abandoná-lo.

Ao entrarem no quarto, Carlos percebeu o bracelete no braço de Pedro e indagou:

– Pedro, você só está aqui há três meses e pelo que ouvimos você economizou o dinheiro que tinha ganhado para devolver ao Pai, como você conseguiu esse bracelete de ouro?

– O Pai me deu de recompensa agora a pouco. Disse que eu mereci pelo que fiz.

Pedro por ser inocente não havia percebido, mas Carlos e os outros meninos perceberam que aquele colar era muito mais valioso do que a pequena quantia que Pedro havia devolvido.

Foi a partir daquela manhã de domingo que tudo mudou. As crianças entenderam tudo errado e passaram a fazer contas de como investir melhor o dinheiro do lanche. As crianças bolaram um esquema de Causa/Efeito para as ofertas que elas dariam. “Olha, Pedro deu 15 reais e ganhou um bracelete que deve valer mais de 1000 reais. Se eu não lanchar esse mês e pedir pra cancelar a aula de natação são 85 reais ao todo... O pai vai me recompensar bem assim”.

As crianças deixaram de amar Elias e começaram a bajulá-lo. Sempre viam a ele com uma lista mental de consumo. E o pior, se sentiam frustrados por Elias não corresponder à bajulação delas.

A situação já estava ficando embaraçosa. As crianças não cumprimentavam mais o velho Elias e se achavam no direito de exigir: “eu plantei e tenho direito de colher”. Quem sofria com isso era o velho Elias. Ele não cedia à alienação das crianças, pois não via sinceridade no coração delas. Para Elias, as crianças não estavam doando o dinheiro por amor aos órfãos de rua e sim para ganhar presentes.

Um dia Elias reuniu todas as crianças, exceto Pedro, pois temeu magoá-lo. Elias disse às crianças:

– Nas últimas semanas eu recebi vários envelopes em meu escritório vindo de vocês. Dentro dos envelopes eu encontrei dinheiro e um bilhete com o que vocês queriam em troca. Eu não cedi a nenhum dos pedidos lá e, desde então, tenho percebido que vocês estão tristes comigo. Eu salvei vocês do mundo. Dei alimentos, roupas novas, os matriculei na escola e dei toda estrutura para um crescimento de vida e vocês ainda querem mais? E tentam me comprar com dinheiro? Vocês realmente amam as crianças de rua ou usaram isso como desculpa para ganhar presentes?

Com essas palavras algumas crianças começaram baixar o semblante reconhecendo o erro. Porém Carlos e alguns outros se sentiam revoltados. Carlos então bradou em voz alta:

Eu fiz exatamente igual o Pedro, me esforcei, juntei dinheiro e dei a você para que você ajudasse as crianças de rua e você vem com esse papo?

Autor: Eliel Vieira
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É só uma história fictícia, mas exprime bem o que está sendo dito nas igrejas atualmente...Tem sido pregado a prosperidade financeira e tem-se esquecido que muitas pessoas passam fome aí. Creio que ser igreja é mais que ir aos cultos frequentemente e fazer "boas ações" simplesmente por fazer. Ser Igreja é bem mais que só isso. É refletir Cristo em nós, ser cristãos mesmo.

Charles Spurgion disse certa vez: “Eu jamais ousaria usar uma coroa de ouro na terra onde meu Senhor usou uma coroa de espinhos”.

Pensem um pouco...