Refutando o "Teorema do Macaco"

olá pessoal..depois de mto tempo to voltando por aqui...espero que gostem do post..

abraço e fiquem com Deus



Essa idéia, apresentada de formas variadas, defende a possibilidade de a vida ter surgido por acaso, usando a analogia de uma multidão de macacos batendo nas teclas de um computador e, em dado momento, aca barem por escrever um soneto digno de Shakespeare.

Gerry Schroeder, ao refutar minuciosamente esse teorema, refere-se a um experi mento conduzido pelo Conselho de Artes Nacional Bri tânico. Um computador foi colocado numa jaula que abri gava seis macacos. Depois de um mês martelando o teclado — e também usando-o como banheiro! —, os ma cacos produziram cinqüenta páginas digitadas, nas quais não havia uma única palavra formada. Schroeder comen tou que foi isso o que aconteceu, embora em inglês haja duas palavras de uma só letra, o "a" (um, uma) e o "I" (eu). O caso é que essas letras só são palavras quando isoladas de um lado e de outro por espaços. Se levarmos em conta um teclado de trinta caracteres usados na lín gua inglesa — vinte e seis letras e outros símbolos —, a probabilidade de se conseguir uma palavra de uma letra, martelando as teclas a esmo, é de 30 vezes 30 vezes 30, ou seja, vinte e sete mil. Então, há uma chance em vinte e sete mil de se conseguir uma palavra de uma letra.
Schroeder, então, aplicou as probabilidades à analo gia do soneto. Começou perguntando qual seria a chance de se conseguir escrever um soneto digno de Shakespeare antes de continuar:

Todos os sonetos são do mesmo comprimento. São, por definição, compostos de catorze versos. Escolhi aquele do qual decorei o primeiro verso, que diz:
"Devo comparar-te a um dia de verão?". Contei o nú mero de letras. Há 488 letras nesse soneto. Qual é a probabilidade de, digitando a esmo, conseguirmos todas essas letras na exata seqüência em todos os ver sos? Conseguiremos o número 26 multiplicado por ele mesmo, 488 vezes, ou seja, 26 elevado à 488ª potência. Ou, em outras palavras, com base no 10, 10 elevado à 690ª potência.
Agora, o número de partículas no universo — não grãos de areia, estou falando de prótons, elétrons e nêutrons — é de 10 à 80ª. Dez elevado à octagésima potência é 1 com 80 zeros à direita. Dez elevado à 690ª é 1 com 690 zeros à direita. Não há partículas suficien tes no universo com que anotarmos as tentativas. Se ríamos derrotados por um fator de 10 à 600ª. Se tomássemos o universo inteiro e o convertêssemos em chips de computador — esqueçam os macacos —, cada chip pesando um milionésimo de grama e sendo capaz de processar 488 tentativas a, digamos, um mi lhão de vezes por segundo, produzindo letras ao aca so, o número de tentativas que conseguiríamos seria de 10 à 90ª. Mais uma vez, seríamos derrotados por um fator de 10 à 600ª. Nunca criaríamos um soneto por acaso. O universo teria de ser maior, na propor ção de 10 elevado à 600ª potência. No entanto, o mun do acredita que um bando de macacos pode fazer isso todas as vezes.

Trechos do livro Um ateu garante: Deus Existe, de Antony Flew


Como podemos ver, se já é muito improvável que tal teorema funcione com um simples soneto, é praticamente impossível que funcione com a origem da vida, que é algo realmente muito mais complexo.

Postado em segunda-feira, 29 de novembro de 2010. Veja todas as respostas em RSS 2.0. Você pode deixar uma resposta.

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